21/Nov/2012 08h15
Call of Duty: Black Ops 2 é o novo capítulo de uma das franquias mais bem sucedidas da história dos games. O título opta por levar o jogador a uma espécie de nova Guerra Fria, agora no ano de 2025, mas sem deixar de lado os elementos que tornam o título um dos grandes favoritos ao jogo do ano.
Agora é no futuro!
Os primeiros trailers de Black Ops 2 mostravam o ano de 2025 e uma nova Guerra Fria que se instaurou no planeta. Entretanto, o enredo remete a idas e vindas na trama, que é quase sempre protagonizada pelo herói do primeiro jogo, Alex Mason, e seu filho David Mason. Mas ainda sim, como de costume na franquia, você assume o papel de outros personagens em determinado momento da trama.
A história gira em torno do terrorista Raul Menendez, que planeja uma série de atentados ao redor do mundo para provocar uma crise de proporções mundiais. Além disso, o terrorista se auto-proclama revolucionário e usa as redes sociais para conseguir apoio.
A forma com que a trama é brilhantemente apresentada faz com que o jogador sinta grande parte das emoções dos personagens do jogo. Dificilmente você não irá odiar os atos cruéis de Raul, e se encantar com a demonstração de companheirismo entre os membros do seu grupo. E ainda sobra espaço para as tradicionais reviravoltas na trama.
Se não bastasse, a campanha principal ainda permite ao jogador escolher determinados rumos na trama. Sendo assim, há uma possibilidade de mudar o final do jogo e, consequentemente, levar o jogador a repetir inúmeros capítulos para assistir a todos os caminhos que o enredo pode levar.
Zumbis cheios de inovações
O popular modo Zumbi chega ao Black Ops 2 recheado de novidades. A primeira delas traz uma variedade de opções no que diz respeito a modos de jogo. Além do tradicional modo de sobrevivência, o jogo conta com o Grief, que é uma batalha direta contra um adversário, enquanto seus inimigos mortos-vivos atacam em bando.
Também é possível escolher a opção Tranzit. Com ela, um ônibus transporta os jogadores para determinadas partes da cidade escolhida, para que possam recolher e comprar itens, além de sobreviver aos ataques de zumbis, que crescem a cada parada.
Apesar de tantas novidades, detonar mortos-vivos continua sendo o modo mais divertido de Black Ops 2. Porém, muitos podem se incomodar com a dificuldade elevadíssima, principalmente novatos. Mesmo em níveis mais fáceis, ainda sim é uma verdadeira batalha evoluir perante aos ataques dos zumbis.
O multiplayer que vicia
O multiplayer de Black Ops 2 continua sendo uma referência no que diz respeito à diversão online. O número de jogadores conectados aos servidores do game mostra o quanto o título vem se popularizando cada vez mais com as partidas através das redes online (Xbox Live e PSN).
Muito desse sucesso deve-se à infinidade de modos de jogo à disposição. Desde os tradicionalíssimos Mata-mata e Captura a Bandeira, não faltam opções para encarar seus amigos ou adversários desconhecidos. Principalmente com a integração ao serviço Call of Duty Elite, que permite compartilhar seu ranking e até mesmo transmitir partidas ao vivo pelo YouTube.
Mas o que diferencia o jogo dos demais é a forma com que ele prende o jogador através do seus sistema de evolução. Ao avançar de nível, os jogadores recebem pontuações que permitem evoluir armas e equipamentos, além de desbloquear outros itens, como placas e símbolos para personalizar sua gamertag. Black Ops 2 também conta com um sistema de vantagem. Com elas, seu personagens adquirem habilidades como mirar mais rápido e não ser identificado por reforços aéreos.
Sistema de mira único
O gênero de ação em primeira pessoa é, sem dúvidas, o mais popular desta geração de consoles. Entretanto, poucos conseguem dominar perfeitamente o quesito jogabilidade. Call of Duty é o grande exemplo de como construir uma mecânica eficiente e sólida o suficiente para fazer com que o game rode a 60 quadros por segundo, seja nos consoles - Xbox 360 e PlayStation 3 - ou nos PCs.
Sendo assim, há uma precisão única na hora de mirar e atirar. O movimento flui de uma forma natural e eficaz, tornado a mecânica fácil até para aqueles que não possuem muita habilidade com os joysticks e as suas alavancas direcionais. A rapidez com que se amplia o zoom na mira também ajuda nos momentos em que é preciso dosar a agilidade e precisão para eliminar um inimigo.
A variedade de armas mostra que elas não estão no jogo apenas para somar. Elas se diferenciam em precisão, valor do ano, agilidade de recarga e chegam a interferir na movimentação do personagem. Bom para a diversão e ainda mais para os estrategistas de plantão, principalmente nas modalidades multiplayers, em que é necessário escolher bem os itens antes de iniciar uma partida.
Inimigos fortemente armados contra aliados que funcionam
Em todos os capítulos da franquia Call of Duty, o jogador sempre levava vantagem em relação aos seus inimigos quando o assunto era armas e equipamentos. Em Black Ops 2, seus oponentes mostram que a tecnologia não está totalmente ao seu lado. O motivo é o grande aparato de bugigangas futurísticas utilizadas por eles, que vão desde robôs que atacam no primeiro sinal de movimento, até roupas que dão invisibilidade aos atiradores.
E se não bastasse um poderoso arsenal, eles estão dando mais trabalho que o convencional. Quando você menos espera, um inimigo surge ao seu lado ou até mesmo atrás de você, fazendo com que o jogador se mantenha mais atento na hora de procurar um lugar seguro. Desta forma, a solução é encontrar rotas alternativas para os seus objetivos, já que Black Ops 2 não impõe uma grande linearidade como a maioria dos jogos FPS.
A sorte é que os seus aliados também estão mais inteligentes e prestativos. Acabou aquela regra de que determinados inimigos devem ser eliminados pelo jogador. Agora, qualquer oponente pode ser eliminado por seus "companheiros virtuais". Até mesmo granadas são devolvidas por seu aliados.
Também é possível notar uma estratégia em certas situações. Por exemplo, na hora em que seu personagem precisa acionar um mecanismo ou detonar uma bomba, o caminho é coberto por seu time, fazendo com que você só precise se preocupar em correr para o objetivo.
Ambientação fantástica e animações realistas
Os gráficos de Call of Duty: Black Ops 2 seguem os padrões do nível de qualidade de toda a franquia. Cenários bem detalhados são os coadjuvantes das partidas e não apenas pelo design, mas sim por todos os elementos que ampliam ainda mais o realismo do jogo. O maior exemplo fica por conta dos momentos de intensos combates, em que o jogador precisa encontrar uma rota em meio a áreas completamente destruídas e inimigos se aproveitando dos escombros para abater o seu personagem no primeiro momento de distração.
Durante o gameplay, os diálogos dos personagens são bem convincentes, e as expressões faciais dão um show à parte. Dificilmente um jogo consegue impor uma carga emocional tão grande como Black Ops 2, você consegue se emocionar com o sofrimento de seus aliados e odiar os vilões e traidores.
As cenas de computação gráfica também não deixam a desejar. O mesmo cuidado imposto às feições dos personagens durante o gameplay foi exercido na hora de detalhar as animações. E a inclusão de flashes com vídeos reais dá um tom de realismo ainda maior.
Strike Force? Por que?
A maior inovação de Black Ops 2 também é a grande decepção. Na tentativa de mudar um pouco os caminhos do modo campanha, foram adicionadas missões chamadas de Strike Force. Elas nada mais são do que momentos em que é preciso trocar a ação em primeira pessoa por estratégias de combate.
Sendo assim, você visualiza um mapa através de uma visão aérea bem ampla - como vista por um satélite. Então você deve coordenar os movimentos de suas unidades espalhadas pelo mapa. Porém, se tudo funcionasse perfeitamente, até seria interessante, mas os péssimos comandos fazem com que suas ordens sejam quase sempre um fiasco.
Você até pode assumir o controle dos seus solados ou de outras unidades - como tanques e metralhadoras automáticas, mas acaba deixando tudo meio sem sentido. A vantagem para quem não se adaptou é que você pode prosseguir o modo campanha sem precisar completá-lo.
Trilha sonora empolgante e dublagem controversa
Por mais que Black Ops 2 por si só tenha uma popularidade bastante elevada, aqui no Brasil, o foco maior do jogo era na esperada - e inédita - dublagem. Ela envolveu cerca de 60 profissionais que puseram vozes consagradas no game. Entretanto, o que deveria ser sinônimo de elogios, acabou tornado-se um divisor de águas.
Os elogios voltam-se pela emoção imposta pelos dubladores durante o jogo. A vibração e o incentivo de seu aliado, ou a provocação de seus inimigos caem como uma luva em uma trama repleta de apelos emocionais - conforme foi descrita anteriormente. Já as críticas começam pela tradução direta de algumas gírias populares dos jogos FPS. Porém, não há como saber se isso foi algo improvisado - diga-se: traduzido naquele momento pelo dublador - ou uma recomendação direta para que determinada palavra fosse dita em puro e simples português.
Agora tudo é uma questão de gosto. Muitos jogadores já apontaram suas metralhadoras de críticas para a dublagem de Black Ops 2. Alguns alegam que se acostumaram com as vozes originais dos personagens e não conseguem se acostumar com as mudanças. Já outros preferem criticar sem ao menos explicar a sua revolta.
A verdade é que, durante muitos anos, o nosso país não era visto pelas grandes produtoras da mesma forma como hoje. Sendo assim, os jogadores brasileiros tiveram que se contentar com jogos sem dublagem ou menus em português. Atualmente, muitos dos que criticam são os mesmos que reclamavam anos atrás quando um jogo sequer era distribuído oficialmente no Brasil. E agora que as grandes produtoras nos olham com carinho e ambição, devemos dizer para esses mesmos "críticos": acostumem-se, pois as dublagens serão uma tendência dos principais jogos lançados no Brasil, e a grande maioria do público gosta delas!
Conclusão
Call of Duty: Black Ops 2 mostra porque é uma franquia detentora de recordes de venda e popularidade. Com um enredo admirável no modo campanha, o jogo mostra que é muito mais que um simples tiroteio em primeira pessoa. Se o multiplayer não viciar, o modo zumbi - repleto de novidades - fará com que você mantenha o game por muito tempo no seu console.
A série de guerra Call of Duty acaba de quebrar mais um recorde com Black Ops 2. Em seu primeiro dia de vendas, o título faturou US$ 500 milhões, valor em torno de R$ 1 bilhão. Sendo assim, o jogo foi considerado o maior lançamento da indústria de entretenimento do ano, superando até mesmo a estreia de filmes como Os Vingadores. Só a rede de lojas Blockbuster vendeu,em apenas cinco minutos, cerca de 10 mil unidades do jogo.
O chefe executivo da Activision Blizzard, Bobby Kotick, comentou em uma nota para imprensa: “Com vendas de meio bilhão de dólares no primeiro dia, acreditamos que Call of Duty é o maior lançamento de entretenimento pelo quarto ano seguido”.
Kotick ainda falou sobre as vendas da franquia como um todo, que, somadas até hoje, superam o total arrecado por filmes como Star Wars e Harry Potter nos cinemas, dois dos maiores lançamentos atuais. O filme Os Vingadores, para fins de comparação, arrecadou US$ 600 milhões (R$ 1,2 bilhão) depois de duas semanas em cartaz.
Apesar da animação da empresa e dos bons números iniciais, em alguns territórios, como o Reino Unido, as vendas do título estão em um ritmo emenor que seus antecessores. Analistas já começam a cogitar que possa haver um declínio na série.
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Centenas de pessoas fizeram fila na noite desta terça-feira (13) em lojas por todo o Brasil, para o lançamento do jogo "Call of Duty: Black Ops II". No total tivemos 49 estabelecimentos no Brasil a promover a chegada do aguardado game de guerra, que também foi colocado à venda no resto do mundo na mesma data.
Para o lançamento, as lojas, ficaram abertas especialmente das 20h às 22h. Na entrada da loja, um veículo militar recepcionava os visitantes, que mesmo com a chuva esperaram para ser os primeiros jogadores a saborear o novo título da franquia.
Alexandre Vanucci, de 42 anos, é um dos gamers que esperaram mais de uma hora na fila. "É um divertimento que não abro mão. Adoro isso. O jogo me faz relaxar. Estou esperando desde o começo do ano, quando falaram que iria sair", disse.
Com dublagem em português, a história do jogo acontece entre dois períodos diferentes, na década de 1980 e em 2025, ano que robôs estão nas ruas para proteger a população, segundo a desenvolvedora do game da Activision, a Treyarch. Apesar disso, uma ameaça terrorista conseguiu controlar estas máquinas e atacar os Estados Unidos. Após um ataque em massa, o país está em guerra e as grandes cidades são evacuadas. O game terá armas futuristas, com balas que atravessam paredes e haverá um modo para controlar um esquadrão inteiro.
Embora as versões de PlayStation 3 e de Xbox 360 lançadas no Brasil tenham o idioma em português, o mesmo não ocorre com a versão para PC e Wii U, novo videogame da Nintendo que será lançado nos Estados Unidos no dia 18 de novembro. "Call of Duty: Black Ops II" é distribuído no Brasil para os consoles Xbox 360 e Playstation 3, com valor de R$199,90.